domingo, maio 27, 2012

Nota Mental

Você não escreve para os outros, você escreve para você mesmo. E você precisa escrever, porque há um senso de perspectiva que só você mesmo pode se proporcionar. Como você bem sabe, pouquíssima gente encara o mundo como você encara (seja isso vantagem ou desvantagem) e é então fundamental que você registre as coisas que achar importante agora, que você escreva sobre o que você quer dizer, sobre aquilo que te marca, enfim, sobre os momentos que, ao seu próprio ver, merecem destaque. Você não gosta de tirar fotos, não sabe desenhar direito, cantar e dançar então, muito menos. Resta-te escrever.
Não, não é a sua memória que está ficando fraca - é a sua cabeça que não comporta mais tanta coisa. É tanta coisa parada, tanto projeto inacabado, tanta ponta solta, que não é mais possível seguir assim. E, maravilha das maravilhas, muitas dessas pontas soltas podem se resolver a partir do momento em que você fizer o que faz de melhor: escrever a respeito delas. Seja aquele relatório, seja aquele conto sobre as maçãs e o cavalo, seja uma poesia assim ou assado, seja aquela carta, seja o que for, escreva. Não importa se já se vão 15 anos de atraso, nem se você ainda tem 15 meses para o fazer: escreva assim mesmo.
Escrever, aqui, permite ainda uma outra faceta: expor seu ponto de vista ao escrutínio alheio. Não que você se importe muito, mas em alguns casos é fundamental ver as coisas com outros olhos, e você só tem esses dois. Além disso, escrever neste blog dá a garantia de que as páginas não ficarão perdidas no meio da confusão que está o resto da sua vida - confusão esta que só não é maior, porque você tem aprendido a escolher muito bem as suas batalhas. E, até para isso, para que esse aprendizado continue, é preciso escrever sobre elas.
Portanto, por favor, escreva. É uma ótima saída. Não é a única, não é a mais fácil, mas será a mais eficiente. Confie em mim, eu sei do que é que eu estou falando :D

E.

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