quarta-feira, abril 21, 2010

1º QUERO JOGAR RPG BH - Como Foi?

O evento ocorreu dia 17 de abril, na véspera do aniversário da minha mãe, e do jogo Cruzeiro 1 x 3 Ipatinga. É, eu ainda me incomodo com isso... mas bola para frente!

Eu já organizei alguns eventos de RPG... a maioria justamente no mesmo local onde este ocorreu: no Instituto de Ciências Biológicas (ICB) no campus da UFMG. Também nos mesmos moldes, com abertura às 8 da manhã e início das mesas às 14 horas, etc. Ah, claro, e gratuitamente. Esse evento, contudo, foi diferente. Ele foi especial, com um diferencial enorme sobre todos os outros.

Esse evento tinha um nome.

O Peso de Um Nome

As pessoas tendem a menosprezar esse tipo de coisa. O nome. Tudo nessa vida que merece o mínimo de atenção, tem nome. O que não merece, idem. A ausência de um nome, bem, ela te desmerece, marginaliza, te diz indigno de ser lembrado. Eu, por exemplo, tenho o nome do meu pai. Onde quer que eu vá, se ele já esteve, as pessoas se lembram. Isso implica em honrar seu nome, pois ele te precede.

Todo herói tem um nome. Todo vilão, uma alcunha.

Por sugestão de nosso querido Tio Nitro, o evento recebeu um nome. Esse nome foi escolhido pelo Edy Abreu, que, através de seu blog, ainda organizou as inscrições das mesas. Esse nome é: 1º Quero Jogar RPG BH. Tudo isso, claro, ocorreu na comunidade RPG BH, do Orkut, que é o nosso fórum aberto para todas as discussões. É justamente nessa comunidade que eu divulgo, em primeira mão, todos os meus eventos. Aqui, eu simplesmente faço algo "mais completo".

Claro, como tivemos o "primeiro", teremos portanto o 2º Quero Jogar RPG BH, também na UFMG, em maio. Provavelmente, dia 15. Mas eu não quero falar do futuro, e sim do  (recente) passado. Saudosista, com certeza!

Mas e o Evento?

Esse evento, ao contrário de muitos outros, não trazia a perspectiva de brindes, de sorteio de livros, de nada disso. Ele era simplesmente um evento de LFR, Living Forgotten Realms. Eu forneceria as aventuras, os mestres se inscreveriam com suas mesas de jogadores (4 a 6 jogadores por mesa), e eu iria ao evento, como sempre, para ver o que é que aconteceria. Tivemos 4 mesas inscritas, 3 delas de LFR, e uma quarta, do Tio Nitro, com uma aventura que ele queria mestrar (sim, as pessoas podem mestrar o que quiserem nos eventos que eu organizo, não é privilégio dos mais velhos, não!). Eu já sabia que teríamos também o Munchkin, que eu levaria minhas minis, que o Edy levaria as dele... esperava então por poucas pessoas (e mesas) no evento.

Daí...



... veio bastante gente. Nessa foto acima, temos, da direita para a esquerda: a mesa promocional do Edy, com as minis, o laptop com a lista dos jogadores; eu, conversando com um jogador de Matozinhos (e provável futuro organizador de eventos por aquelas bandas); duas mesas de 4.0D&D: uma em primeiro plano, outra logo atrás; uma mesa de Munchkin; minha mesa de miniaturas, encoberta pela mesa de Munchkin (o camarada com a camisa dos X-Men é o Tio Nitro). Ou seja, o evento seria basicamente isso.

Ledo engano:


Em primeiro plano, uma mesa de GURPS Conan (com o nosso célebre Rafael "Super-Kender" Navarro, de camisa azul). Em segundo plano, uma outra mesa de Munckin (percebam, o Igor não está nessa mesa, o que quer dizer que tem gente que já sabe jogar Munchkin, sem a orientação dele!). Em terceiro plano, a mesa do Tio "Virtuoso" Nitro, apinhada com 6 jogadores (havia 18 jogadores inscritos e interessados em jogar na mesa dele... teve de se rolar 1d10 para saber quem ficava e quem saía!). Ainda, pouco visível, há uma mesa de 4.0D&D atrás da mesa do "Virtuoso".

Para vocês não acharem que eu estou mentindo, aí está uma foto dessa outra mesa:


Sim, você contou direito, são três garotas em uma mesa de RPG! Se eu dissesse, ninguém acreditaria... achei melhor colocar a foto, então. Ah, e sim: todas elas tem namorado.

Além dessas mesas, tivemos uma outra, de quatro caras, que jogaram 3,5D&D, mas da qual infelizmente eu não tenho nenhuma foto. Se bem que, depois da foto acima, duvideodó que alguém desacreditará uma outra mesa de 4 nerds no evento...

Então, se você fez as contas... 2 mesas de organização/venda de minis (uma minha e outra do Edy), duas mesas de munchkin, 1 mesa de Conan, 3 mesas de 4.0D&D (duas da primeira foto, mais a mesa das três garotas), uma mesa de 3,5D&D, a mesa do Tio Nitro: oito mesas. E o que mais tivemos?

Tivemos um intervalo pra Pizza:


É, o povo adorou tirar fotos dessa mesa... quem mais comeu pizza?


Sim, os marmanjos também comeram pizza... e o que mais teve no evento???

TEVE MESA DE NOITE!!!!


Essa é uma mesa de Nanuk, cortesia do Igor. Sério, a Steve Jackson Games deveria pagar um salário para esse cara! Ah, e teve bate papo entre os participantes, porque nem só de RPG vivem os rpgistas, e nem só de mesas de RPG sobre vive um evento de RPG.

Enfim... o que mais... ah, é! Teve sorteio de brindes:


Uma expansão de Munchkin, cortesia do (adivinhem quem?) Igor. Ah, e aquele copo ali é de refigerante: não é permitido consumir bebidas alcóolicas durante os eventos. Ah, eu também forneci uma miniatura tamanho grande (Magma Brute, se me recordo bem) para sorteio, mas não temos a foto do contemplado.

[EDIT]

Encontrei uma foto do felizardo que ganhou a miniatura:


Se bem me lembro, ele era o mestre da mesa de GURPS Conan... a foto foi obtida , no blog do Edy, o regrabasica.com.br.


[/EDIT]

Enfim... graças à organização dos RPGistas de BH, detre eles: o João, o Igor, os irmãos Edy e   Thiago Abreu e este que vos escreve (sim, sou eu!), BH teve mais um evento de RPG que foi um sucesso. Não temos patrocínio, não temos grana, não temos cartazes ou novidades para sorteio, mas tentamos fazer por onde. E continuaremos tentando, até porque esse evento, o 1º Quero Jogar RPG BH, foi, na minha opinião, o melhor evento que eu organizei... e não foi por nada que está aí acima (e olha que não foi pouco!), e sim pelo que se segue:


... vocês estão vendo todas essas pessoas aí, ao fundo? Nesse dia, elas não vieram por conta do RPG, mas sim por conta de uma prova a ser realizada nos auditórios do ICB, vizinhos ao local do evento. Elas não chegaram ali esperando um evento de RPG, mas elas acabaram trombando com um. E, para muitas delas, isso foi uma grata surpresa: perguntaram sobre o jogo, viram que não tinha nada de "jogo do Demônio", e alguns, ex-rpgistas, quiseram saber mais detalhes, especialmente sobre a possibilidade de se realizar mesas de Storyteller/Mago/WoD. Isso vale muito, porque divulga o RPG não apenas entre nós, rpgistas, mas também entre leigos e ex jogadores. É a melhor publicidade que um evento de RPG pode ter: a interação do hobby com pessoas totalmente alheias a ele.

Isso me deixou feliz.


Não, eu não sou bonito. Mas aí também já seria demais :P

Nos vemos no próximo evento,

E.

domingo, abril 18, 2010

Campeonato Mineiro, que vexame do Cruzeiro!!!

Deixe só eu me acalmar. Quero falar de muitas coisas. Queria falar do evento de ontem, que foi muito bom, mas o que ocorreu hoje entre Cruzeiro x Ipatinga não me sai da cabeça.

O Cruzeiro jogou muito mal seus últimos três jogos: empate contra o Ipatinga semana passada no Vale do Aço, empate contra o Colo Colo no meio de semana lá no Chile e, hoje, derrota para o Ipatinga no Mineirão. Três jogos horríveis, sintomáticos de quem está achando que é maior do que realmente é.

A derrota de hoje, sinceramente, foi a melhor coisa que poderia ter acontecido, especialmente depois da roubalheira do primeiro tempo. Aquilo ali, em 20 anos que acompanho meu time, foi a coisa mais vergonhosa que já vi. Uma coisa é o juiz inverter uma falta ou outra no meio de campo (e isso já é roubar!), outra coisa MUITO DIFERENTE é roubar um gol e dois pênaltis (além de alguns impedimentos) de um time do interior de MG. Sim, estamos falando do Ipatinga, extremamente prejudicado pela arbitragem. Ainda bem que ganhou o jogo! Já pensou, amanhã, eu ouvindo dos atleticanos o quanto o meu time merecia não ter sido classificado para a final? Classificação roubada, me desculpem, não me serve. Ainda mais no Campeonato Mineiro, e ainda mais contra um time do interior. Melhor coisa foi o Ipatinga ter vencido a partida. Muito obrigado, Ipatinga!

Fico pensando agora como é que as coisas serão daqui para adiante, porque essa derrota não pode servir como pretexto para uma queda de produção na Libertadores. Ora, os jogadores não dizem que um campeonato é uma coisa, e que o outro é outra coisa, que a motivação é diferente, etc e tal? Então, tem de manter a cabeça erguida, continuar como sempre, porque se as coisas são realmente tão diferentes assim, se é uma motivação para um campeonato e outra motivação totalmente diferente para o outro campeonato, não pode um interferir no outro. Então, eu quero ver como fica... porque só resta isso antes da Copa do Mundo.

Outra coisa, claro, é a escalação do time. Um atacante (Wellington Paulista) e um meia improvisado no ataque (Roger). No meio campo, Bernardo, Fabinho, Henrique e Pedro Ken. A defesa com Diego Renan, Gil, Thiago Heleno e Fernandinho. Aqui, eu vejo um improviso que não se justifica: o Cruzeiro teria a semana inteira para descansar seus jogadores, esperando o jogo da final contra o Atlético-MG (que tem jogo no meio de semana, lá em Recife). Então, por que escalar um time reserva, deixando titulares no banco? Fico pensando como fica a cabeça dos jogadores como o Eliandro e Guerrón, que não são lá essa pérola toda, mas são sim os jogadores de ofício. Ora, se eu vou improvisar um atacante, é porque eu não tenho um atacante de ofício em condições, correto? Pois é, eu acho que deveria ser... enfim, acredito que o time foi mal escalado, muito mal escalado. E, quando o técnico colocou em jogo justamente os jogadores poupados (Thiago Ribeiro e Jonathan), a pergunta passa a ser: por que então não começou com eles, garantiu o resultado, e então veio com o time modificado para o segundo tempo? Vai entender...

Enfim, temos muito o que mudar no Cruzeiro. E nem me venham com essa de "cansaço pela maratona de jogos", porque o calendário do futebol é esse aí deeeeesde 2003, aliás desde antes, e quando o Cruzeiro ganhava vários títulos por ano, os jogadores jogavam muito mais. Ah, e os times da Europa estão viajando de trem de um país para o outro (Copa dos Campeões), porque uma erupção vulcânica bloqueou a visibilidade de muitos aeroportos, o que acabou impedindo vôos de qualquer tipo. E eles ganham títulos!

Não faz sentido. Não sei o que deu errado. Sei que assim não pode continuar. Tem de ser diferente disso, eu sei que o Cruzeiro é maior que esse futebol pífio apresentado pelos jogadores nos últimos certames.

E.

quinta-feira, abril 08, 2010

Futebol no Mundo (ou nem tanto...)

Pelas semifinais do Campeonato Mineiro, o Atlético-MG contou com a sorte (e uma mãozinha do juiz) para eliminar o Améria-MG. Coisa de doido, todo bom cruzeirense queria o América na dianteira. Tinha até uns amigos meus comentando "já pensou se o América tira as frangas? Acho que o Cruzeiro poderia até entregar para o Uberaba e tava de boa: a gente nem precisa desse título mesmo!". É, odeio concordar, mas com um calendário que não mais permite ao time disputar a Libertadores e a Copa do Brasil, de que vale ganhar o mineiro?

Vale dizer que a Copa do Brasil dá menos grana que a Libertadores... é impressionante, mas é a mais pura verdade: a Copa do Brasil gera menos renda que o Campeonato Mineiro:

"Maluf revelou que o Cruzeiro faturou R$ 7,5 milhões brutos na última edição do Mineiro, incluindo-se rendas, cotas de televisão e placas de publicidade. 'É quase a metade do que o campeão da Libertadores fatura. E é bem mais do que se ganha na Copa do Brasil'." ¹

Sete milhões e meio de reais por um torneio que dura 3 meses... não me parece pouco! Então, por que diabos os clubes relegam tanto o estadual? Por que é que os jogadores dizem que "a motivação é diferente quando é um jogo de Libertadores", se o que garante os salários deles é o estadual? Vale dizer que, nos últimos 10 anos, a melhor colocação do Cruzeiro na Libertadores foi o vice-campeonato do ano passado, e em outras oportunidades passou foi longe disso! Resultado: o que segurou a renda do clube foi o estadual, que ganhamos repetidas vezes na década.

Então, permanece a pergunta: por que desmerecer (ou mesmo vilanizar) o estadual?

Não creio que seja um único fator. Primeiramente, temos os jogadores de futebol, que realmente não sabem colocar um valor real ao exercício de sua profissão. Traduzindo, eles não sabem o quanto vale o espetáculo que proporcionam. Sim, eles tem noção de visibilidade, de exposição à mídia, mas isso é apenas porque todos eles querem ser vendidos para o exterior, pois essa é a marca de sucesso de sua categoria. E não há nada mais distante da Europa que os estaduais. Não, não importa que seja o campeonato estadual quem garanta ao jogador a possibilidade de amadurecer, de conhecer condições difíceis de jogo (campo pequeno, estádio do tipo "alçapão", gramado ruim, viagens demoradas, etc), nem mesmo que, como já dito, sejam os estaduais que financiem seus salários. Do estadual, todos só querem uma coisa: sair o mais rápido possível.

Após os jogadores, temos a visão dos dirigentes de futebol. Esses, me desculpem, mas eu não me atrevo a tentar explicar.

Temos, por fim, a mídia. Sim, a mídia, a TV, as rádios, os jornalistas/cronistas esportivos, aquelas pessoas que decidem o que é que você assiste, quando assiste e por que assiste. Que comentam a vida dos jogadores, e não os resultados das partidas. Que te dizem qual é o peso desse ou daquele jogador de um time do Eixo do Mal, ou da dancinha de um outro jogador, ou mesmo da bronca que ele deu na filha, mas não sabem dizer quem lidera o Campeonato Pernambucano. Sim, essas pessoas não tem um compromisso com o futebol, mas sim com sua audiência... e sua audiência é baseada no Eixo do Mal. Só isso justifica, por exemplo, transmitir jogos do campeonato paulista para MG, em dias de jogos do nosso estadual. Ou da não transmissão de jogos de outros estados fora das regiões Sul e Sudeste. Ou o foco do noticiário nas competições estaduais (do Eixo do Mal) enquanto há times jogando a Libertadores e merecendo maior atenção, justamente por se tratar de uma competição internacional. Assim, interessa e estas pessoas diminuir o valor dos estaduais (seja por criticá-los abertamente, seja por apenas deixar de comentar acerca de sua existência), de maneira a sobrevalorizar o que acontece no Eixo do Mal.
 
Outros fatores existem, mas... creio que esses sejam os fundamentais. E não, a torcida não é um fator, porque o torcedor vai a qualquer jogo, que valha qualquer coisa, de qualquer competição, desde que a) o ingresso seja compatível com o seu orçamento, e b) o jogo ocorra em um horário digno, com segurança, conforto, e que efetivamente valha por algo. Quer resolver a vida do torcedor? Dê a ele 30 jogos do seu time do coração por ano para assistir, em que cada jogo valha por alguma coisa.
Sério, futebol se joga de canto a canto desse país, em estaduais. O Campeonato Brasileiro, em larga medida, é uma ilusão, um torneio de grife, de méritos econômicos e não necessariamente de melhor futebol. Uma competição cujo foco é a exposição dos jogadores ao mercado europeu. Muitos desses jogadores são apenas pernas de pau glorificados, os melhores dos medíocres. Isso explica, e muito, o São Paulo tricampeão. Cada futebol tem o campeão que merece.
 
A Copa do Brasil nos dá um lampejo desse "futebol brasileiro" tão difícil de se observar. Justamente porque ela contrapõe estados, e não patrimônios. Nos estaduais, ficou comum que os pequenos leiloem seu mando de campo, repassando a vantagem da torcida ao seu adversário; isso é inimaginável na Copa do Brasil: um time do MT não abre mão de jogar no seu estado, o mais próximo possível de sua torcida, mesmo que ele ganhe muito dinheiro. O mesmo vale para um time do AM, de RR ou RO (Qual é qual?). Isto é "futebol brasileiro": um contraponto de estilos, de sociedades, de regiões, muito além dos valores dos passes, desculpe, dos direitos federativos dos jogadores e de seus salários. É entrar e tentar vencer o jogo. Na raça, na habilidade ou na malandragem. Não necessariamente nessa ordem.

E isso tudo, de melhor e de pior, só se tem nos estaduais. Só assim para meu Cruzeiro bicampeão da Libertadores ter a oportunidade de jogar no Pontal do Triângulo (Ituiutaba), ou no Vale do Aço (Ipatinga), na Zona da Mata (Juiz de Fora) ou mesmo aqui pertim mesmo (Nova Lima), e mostrar aos seus jogadores, veteranos e novatos, como é jogar em gramado duro, com torcida colada no gramado, em campo pequeno e contra toda uma (pequena e barulhenta) multidão. São lições de vida, que certamente serão aplicadas em competições maiores, se não por uma repetição do quadro, certamente por uma perspectiva (e uma lembrança) de como as condições poderiam (e já foram) muito piores. E de como eles chegaram longe em suas carreiras.
 
E.

terça-feira, abril 06, 2010

1º QUERO JOGAR RPG BH - 17/04/2010

Yes, os eventos agora tem nome!!!

Ahem...

Dia 17 de abril de 2010, das 8 às 18  horas, teremos o 1º Quero Jogar RPG BH, no Campus da UFMG, mais precisamente no Instituto de Ciências Biológicas (ICB), no piso térreo do Bloco D. É um espaço já consagrado desde 2008 para os eventos de RPG do tipo "GAME DAY", promovidos pela Devir/WotC.

O evento, a princípio, é uma introdução à Campanha Viva nos Reinos Esquecidos ("Living Forgotten Realms" no original, ou apenas LFR). Nesse "modelo", a WotC fornece aventuras prontas, ambientadas nos Reinos Esquecidos, mas sem os personagens... o grupo de jogo, então, deve bolar os personagens e partir para as aventuras!

O LFR é dividido em regiões (Portal de Baldur, Vastidão, etc), e cada região do mundo de jogo cabe a uma região do mundo real, que é então responsável por "desenvolver" o material daquela região (por exemplo, a América Latina é responsável pela região do Portal de Baldur, e portanto possui pessoas incumbidas de desenvolver o enredo relativo à região, havendo inclusive a necessidade de se receber material criado por pessoas daquela comunidade). As aventuras, portanto, são criadas por pessoas daquela região e, após um processo de revisão, avaliação e (provável) aprovação, ficam disponíveis para qualquer pessoa de qualquer lugar do mundo. O mateiral tem de ser fornecido em inglês.

Então, como funciona o LFR? Primeiramente, uma pessoa filiada à RPGA (eu) e disposta a realizar um evento de LFR (... eu) acessa o site da RPGA/DCI e marca o evento. Isso pode ser feito por qualquer pessoa que tenha cadastro na RPGA, e que tenha sido aprovado na prova online para Herald Level GM. Eu já fiz essa prova há quase uma década; você aí pode fazer isso hoje!

Marcado o evento, ele tem de ser divulgado, e as aventuras selecionadas. No caso, eu selecionei a seguinte aventura:


Como vocês podem ver, a aventura está em inglês. O material disponibilizado é todo em inglês... uma tradução livre do resumo dessa aventura é o seguinte:

"Quando os Nethereses dominaram Sembia, aqueles que se opunham foram mortos ou forçados ao exílio. Décadas depois, um homem jovem herda uma chave para um cofre abandonado setenta anos atrás. Necessitando de dinheiro, ele contrata os personagens para recuperar o conteúdo do cofre, apostando que alguma coisa de valor ainda exista por lá. Uma aventura de LFR ambientada em Sembia para personagens dos níveis 1-4."

Assim, apesar de estarmos na região de Portal de Baldur, eu preferi selecionar uma aventura em Sembia... isso quer dizer que todos serão obrigados a seguir toda a campanha nessa região? Claro que não. Quer dizer apenas que todos iniciarão suas aventuras nessa região. De acordo com o que cada grupo conhecer de LFR, os próximos eventos podem ser marcados com aventuras de outras regiões... todas estão disponíveis, basta que haja grupos interessados.

Só para constar, existem ações que só podem ser desencadeadas caso as aventuras sigam um certo padrão... caso os personagens adquiram determinados "certificados" durante a campanha, etc. Começar com essa aventura é uma garantia de que todos estão começando realmente do início, sem deixar nada para trás. As possibilidades, portanto, caminharão ao lado dos personagens.

Ok, agora passemos para a parte chata: as regras especiais. Os personagens tem de ser feitos segundo o Guia de Personagens para LFR, que cada jogador deve baixar, ler e imprimir. Basicamente, cada persoangem tem a sua ficha, e uma ficha extra, onde são anotados todos os itens mágicos, tesouros e certificados aos quais ele teve acesso. É responsabilidade dos jagadores manter isso tudo em ordem!

Mas, e o que é que são esses certificados? Eles são prêmios extras previstos nas aventuas de LFR, que podem ser obtidos caso algumas situações específicas sejam cumpridas durante a aventura. Por exemplo, caso os personagens entrem em uma aventura e ajudem um mercador perdido a retornar ao seu rumo, eles poderiam ganhar um certificado "Favor do Mercador Perdido", que poderia gerar algum bônus em uma aventura futura, da qual participe esse mercador, ou alguém relacionado a ele. Lembre-se, isso é uma campanha viva, e portanto as ações tem consequências nas aventuas futuras!

Esse é apenas o primeiro evento desse tipo, e a ideia é organizar um a cada mês, sempre com aventuras que sigam a campanha viva em uma ordem que permita aos grupos conquistar o máximo de prestígio e glórias possível.

As inscrições devem ser feitas apenas pelos mestres, pelo e-mail querojogar@regrabasica.com.br e cada mestre fica responsável pela reunião dos jogadores (quatro a seis por mesa) que participarão da aventura no dia do jogo. Isso será feito dessa forma porque há a necessidade de se montar os personagens, o que deve ser feito de antemão pelo grupo, pois a aventura é extensa, e o tempo do evento deve ser designado para realizá-la. Apesar de o evento não ser necessariamente cronometrado, tempo é sim um fator.

Então, por enquanto, é isso. A partir de hoje, os mestres inscritos devem receber o arquivo com a aventura e as fichas de report, assim como os certificados e "history awards" relacionados à aventura. Tudo isso deve ser impresso e trazido pelos mestres ao evento no dia de jogo. Se ele sentir a necessidade de utilizar mapas, miniaturas ou outros acessórios, deve também trazê-lo para o evento.

Mais informações, é só mandar um comentário aí abaixo.

E.

domingo, abril 04, 2010

Eu e os Eventos de 4.0D&D

Devido a um tópico que eu escrevi hoje mais cedo, um amigo mandou-me uma mensagem contendo uma pergunta deveras interessante. Reproduzo-a, portanto:

Cara, longe de mim querer te desmotivar com relação aos eventos que você organiza e tal... mas se você tem tanta birra da quarta edição, por que é que organiza evento dela? Por que não fica em casa, de boa, curtindo a vida? E como é que eu me inscrevo no seu próximo evento de RPG?

Sabe, é uma pergunta válida. Afinal de contas, as pessoas tendem a se manter afastadas daquilo que não gostam. A não ser que elas sejam regiamente pagas para manter a proximidade, o que certamente não é o meu caso! Então, por que é que eu organizo eventos de 4.0D&D?

A resposta é até simples. Mas, antes, façamos algumas considerações.

Primeiramente, eu não tenho "birra" de edição alguma, ou mesmo de sistema de regras algum. Ok, eu tenho birra do GURPS. Mas, fora ele, não tenho birra de mais nada no âmbito do RPG. Eu joguei/mestrei a 4.0D&D, mais de dez vezes ao todo, e ela não me agrada. Não mesmo. Sinto muito, é a vida. Tem gente que gosta de pizza de tomate e brócolis; respeito, mas não é o meu caso.

Em segundo lugar, os eventos de RPG que eu organizo não são de 4.0D&D. Ela certamente é o carro chefe dos eventos, mas é porque é a única que oferece material (mapas, minis, etc) a ser direcionado aos jogadores. Se eu tivesse apoio de outras editoras, faria eventos de outros sistemas. Sim, até de GURPS. E eu sempre saliento que, se as pessoas quiserem jogar outros sistemas de regras (ou mesmo outros jogos, como Magic: The Gathering e Banco Imobiliário), elas podem se sentir à vontade e fazê-lo!

Dito isso, a questão continua. Por que eu organizo eventos de RPG que tem por foco um sistema de regras que me desagrada?

Pura e simplesmente, além da inerente contradição humana, eu percebo que a alternativa seria... não ter eventos de RPG em BH. Por favor, corrijam-me se eu estiver errado (e é para corrigir mesmo!!!), mas eu acho que não tem mais ninguém organizando nada de RPG em BH... ao menos, nada que seja aberto, gratuito, divulgado e... de porte considerável (mais de cinco mesas de jogo). Eu adoraria ser apenas mais um organizador de RPG aqui em Beozonte, mas me parece que não é o caso. Nem de longe. Sou eu, ou ninguém. E isso tem de mudar.

E por que me preocupa o fato de o RPG não ter eventos em BH? Porque eu acho que já passou da hora de o nosso hobby sair das gretas da sociedade, e ter condições de organizar-se publicamente. Teve até pillow fight em BH nesse final de semana, pelamordedeus! As pessoas se reuniram, em praça pública, em plena luz do dia, e começaram uma guerra de travesseiros!!! Como que alguém ainda pode ter vergonha de se declarar jogador de RPG, de participar de um evento de RPG, enquanto tem gente que passa por esse ridículo do pillow fight!? Não me conformo: quero poder curtir o meu ridículo em praça pública taméin!

Pode parecer brincadeira, mas o caso é realmente esse... temos de mudar a imagem do RPG (eu creio que temos...), e uma maneira que eu tenho de fazer isso é organizando os eventos. E é só por isso que eu os organizo, porque eu acredito que faz diferença, que as pessoas veem aquilo e perdem um pouco do medo. Por exemplo, teve um cara que veio jogar, e os pais dele vieram juntos, para ver do que é que se tratava... eles estavam claramente apreensivos quando chegaram ao evento, mas logo perceberam que aquilo era inócuo, uma coisa inofensiva mesmo. Ficaram até meio constrangidos, porque o filho deles "já tinha passado da idade de ficar brincando com esses joguinhos de bonequinhos". Isso, para mim, é uma vitória! Nerdpride? Não: apenas a consciência de que a alternativa é ser visto como maníaco homicida em potencial. Realmente põe a nossa realidade em perspectiva, né?

Pois bem, é isso. Organizo eventos de RPG da 4.0D&D para que a cidade tenha algum evento de RPG. Não ganho dinheiro com isso (exceto quando o povo compra minis comigo!), mas ganho um certo alívio de consciência por retornar ao jogo de RPG algo em troca dos anos de lazer saudável que ele me proporcionou. Aos quais, por sinal, eu sou muito grato.

Ahn... bom... tem também o seguinte: as pessoas sempre mudam de edição, conforme o tempo passa e a WotC publica-as. Não deve levar mais de três anos para sair a 5.0, e eu não ia querer estar "fora da galera" quando isso acontecer. Estou aqui, dando esse duro no inverno, para colher os frutos na primavera :)

E a primavera virá, com certeza!

E.

P.S.:  O próximo evento, também na UFMG, tem inscrições abertas para os mestres pelo e-mail querojogar@regrabasica.com.br e terá um update aqui no meu blog dentro de menos de 48 horas. Sim, podem me cobrar!!! Informações tem de ser pelo meu e-mail eclison@gmail.com, mas eu gostaria que as mensagens só começassem a chegar depois que eu atualizar aqui no blog! Brigadim!

Primeiro de Abril, Limites Imaginativos e a Quinta Edição.

Inevitavelmente, com o primeiro de abril, vieram as pegadinhas nos blogs, fóruns e até mesmo da própria WotC, acerca dos novos produtos da linha D&D. Algumas pessoas, ao meu ver, perderam a piada, pois falaram de uma "revisão das regras", e o fizeram em tom de piada, quando na verdade já existe sim um calhamaço (?) de mais de 80 páginas, oficial, detalhando mudanças nas regras do 4.0D&D. Ou seja, revisadas elas já foram, e continuarão sendo (a próxima revisão já tem data marcada: 4 de maio).

Apenas um aparte: revisões de regras (erratas) são coisa positiva, um ganho desse mundo internético e de comunicação instantânea em que vivemos. Ruim foi o que aconteceu com o AD&D,  ainda nos idos de 1989-95, cujas revisões (erratas) demandavam impressões de livros. Que vinham com novos erros. Que demandavam novas impressões de livros. Que vinham com novos erros... se a TSR tivesse como divulgar erratas como a WotC tem, duvido que teríamos AD&D2nd Ed Revised.

Voltando portanto ao primeiro de abril... eu acompanho as piadinhas do site da WotC deeeeesde 2003. Ou desde um pouco depois disso. Enfim, eu já vi muitas piadas deles. Vi, por exemplo, quando eles colocaram todo o site no "formato TSR", Chainmail, do final dos anos 1970 (não, nã o foi na homenagem ao Gary Gygax).  Ou daquela vez em que eles anunciaram o retorno de Mystara/Hollow World para 3,5D&D (e eu acreditei!). Vi também o do ano passado, com os pequenos pôneis de suplemento (ou era core?) para 4D&D. Piadas boas, até certo ponto críveis. Coisa fina.

Nesse ano, porém, eles optaram por algo, na minha opinião, de péssimo gosto. Muita gente (WEASEL WORDS DETECTED!) critica a 4.0D&D por ser (ou por se parecer, ou por querer ser, ou por lembrar) um video game de papel. A principal crítica quanto a isso é a dominância dos textos do sistema de regras sobre os textos descritivos do jogo de RPG. Não ajuda muito, por exemplo, o fato de os movimentos, distâncias, alturas, etc serem contados em "quadrados" de tabuleiro de jogo, e não em "metros" ou outra unidade de medida real. Os desenvolvedores afirmam que foi para simplificar o jogo. Enfim, a crítica existe, alguns acham que é um absurdo, outros acham que é neura de quem critica, etc.

Pois bem, o que é que a WotC fez nesse primeiro de abril de 2010? "Criou" um livro de regras para role-play. Inclusive, com um subtítulo dizendo "Não deixe nada para a sua imaginação". Na capa do livro, vem escrito o subtítulo "regras desnecessárias para RPG". Posso estar enganado, mas não me pareceu um material apresentado de forma convincente, nem mesmo como brincadeira de primeiro de abril. Pareceu-me chacota contra as críticas. Escárnio, mesmo.

É interessante (ao menos, no meu ponto de vista) que eles queiram brincar com os "limites da imaginação" dentro do 4.0D&D, quando de fato ela já é em muito limitada nessa edição. Os personagens são descritos,  como sempre foi feito em qualquer edição de (A)D&D, em termos de seus poderes. Não apenas caracterizados, mas também descritos. E eu nunca vi descrições tão sólidas (e, por isso mesmo, limitadoras) quanto as dessa edição. Os poderes de determinada classe funcionam tal número de vezes por dia/encontro/etc e já tem tudo determinado, até mesmo o texto descritivo. E sempre funcionam do mesmo jeito. Sempre. Ou então, não funcionam.

Eu sou da seguinte opinião: o sistema de regras define o mínimo, e o resto é deixado a cargo da imaginação de jogadores e mestres. Onde há regras, especialmente boas regras, você usa as regras. Onde as regras são poucas, ou são confusas, ou contraditórias, ou até mesmo ausentes, você abre espaços para sua imaginação, para seu bom senso, para seu raciocínio lógico. Em suma, você improvisa. Então, é fácil perceber que, quanto mais terreno é dado às regras, mais austero se torna o RPG, mais previsível, mais monótono, com menos espaços para o improviso:  sua estatégia é segura, e por isso mesmo, repetitiva. Menos regras, porém, tornam as coisas inseguras, inviáveis, e até mesmo levando a discussões sobre o que é possível e o que não é possível de se realizar: o jogo não anda, pois não tem um referencial (regras) em comum. Os dois, portanto, tem de ter seu espaço, se possível independentes ou cooperativos (isto é, as regras refletem o bom senso, abrem espaço para improvisos - mesmo que desnecessários - e não "quebram" só porque alguém teve uma ideia fora do padrão).

Pois bem, e como funcionam as regras em 4.0D&D? Elas trabalham contra a imaginação. Aliás, tentar imaginar a veracidade de muitas coisas do sistema de regras é exercício cheio de percalços. Seguem então alguns exemplos.

É compreensível que uma pessoa tenha uma habilidade especial que funcione somente uma vez por dia (até porque um dia é um dia para qualquer pessoa, em qualquer lugar, enfim, é uma medida universal), mas limitar algo "por encontro" é estranho. Até porque existem muitas situações que não são encontros. Um aventureiro pode ter 10 encontros em um dia, ou não ter nenhum. 

Outro aspecto é a questão da marca. Vocês sabem, quando o guerreiro (ou outro personagem) "marca" um oponente e esse (por exemplo) perde pontos de vida quando engaja outro oponente que não o guerreiro. É estranho, porque, bem, não faz o menor sentido! Imaginar esse tipo de coisa é complicado... o que é que o guerreiro fez para marcar o oponente? Ele declarou uma ação, apenas. Ok, talvez ele tenha acertado um ataque antes... mesmo assim, e depois? Eu fico imaginando se o oponente, por exemplo, dispõe de algum meio pelo qual ele possa localizar automaticamente quem o marcou. Ou, se várias pessoas o marcarem ao mesmo tempo, ele saiba instintivamente qual marca prevalece. Porque, em uma rodada de seis segundos, se três indivíduos tentam te marcar e só uma das marcas prevalece, você não tem lá muito tempo para decidir qual delas é a válida. A não ser que o monstro saiba a ordem de iniciativas... enfim, eu acho inverossímil. Muito inverossímil.

Outro apecto é o controle de funções involuntárias do organismo. Porque, se eu não as controlo aqui, no mundo real, por que deveria me preocupar com isso em mundos de fantasia? Inverossímil, e difícil de se imaginar. E, claro, funções involuntárias não são apenas "coisas físicas" (batimento do coração, respiração, circulação sanguínea, piscar dos olhos, etc) mas também aquelas relacionadas à consciência (os sentimentos, as cócegas, atos reflexos, etc). Os pulsos de cura se encaixam nisso. Eles são "respostas" da sua consciência às situações adversas. Por que então eles ocorrem quando o personagem determina, e não aleatoriamente, ou mesmo em momentos mais propícios? E, novamente, por que um limite por encontros? Uma pessoa não pode, simplesmente, despertar para atos/espíritos de heroísmo duas ou três vezes em um mesmo combate?

Todas as respostas para isso aí que eu escrevi (e para muitos outos aspectos) redundam no seguinte: funciona da forma em que funciona para não quebrar a mecânica. Não é porque é o melhor para a caracterização, não é porque faz mais sentido, não é por outra razão senão a segurança da mecânica, do conjunto de regras. O 4.0D&D tem sim uma mecânica muito sólida, desde que você se atenha a ela, de cabo à rabo. Ela é muito boa em fazer o que se propõe a fazer, e pronto. E o que ela propõe são regras para que os combates sejam equilibrados. O combate sempre foi o aspecto fundamental, soberano e central do (A)D&D, isso nem se discute. Mas o jogo pode ser mais que apenas o combate. Sei lá, você pode querer que seu personagem clérigo estabeleça um templo em uma região de pragas, até conseguir controlar o surto dessa praga. Daí, suponhamos que você tenha um poder por encontro que cure doenças... será que a visita de cada um dos doentes conta como um encontro? Se sim, você pode curar um doente por encontro. Se cada encontro durar 5 rodadas (meio minuto), é razoável supor que você possa curar 960 pessoas em oito horas de "trabalho". Parece a conta do mendigo no sinal de trânsito, né? Talvez não seja possível fazer isso exatamente dessa forma, mas o espírito é este: as regras foram feitas pensando unicamente o combate. Fora dele, elas fazem muito pouco (ou mesmo nenhum) sentido. Similarmente, tem-se a já famosa questão do ritual de portais, que é mais econômico (e seguro) que viajar de caravanas entre as cidades...

Isso ocorre com qualquer sistema de regras ditas simples e enxutas, quando confrontadas com aquilo que não foram designadas para cumprir/cobrir. Elas quebram. É melhor improvisar que seguir essas regras. Então, nesse âmbito, se a WotC faz uma piada de primeiro de abril envolvendo um livro de regras para retirar o espaço da imaginação no jogo de RPG, chamando as regras de desnecessárias, a piada é contra eles mesmos e com seus adeptos: essas regras já existem, e chama-se 4.0D&D.

Resumindo: vem ni mim, quinta edição!

E.

P.S.: Tem evento de RPG dia 17 de abril, na UFMG. Campanha Viva nos Reinos Esquecidos, sistema 4.0D&D. Venha se divertir, fazer seu personagem, e interferir diretamente na evolução da campanha!